Nos anos 80 ela era Punky Brewster, estrela de uma comédia da NBC. Hoje, Soleil Monn Frye é uma mãe de dois filhos de 34 anos e especialista em power marketing da Ad.ly, uma agência de propaganda que paga atores, atletas e músicos para promover produtos por meio do serviço de micromensagens Twitter.
"As celebridades podem exercer muita influência, seja na televisão, seja twitando", afirma Arnie Gullov, 38, executivo-chefe da Ad.ly. Uma dupla de funcionários na casa dos 20 anos elabora a maioria dos tweets promocionais na voz dos vendedores-celebridades. Ao promover o Toyota Sienna, o rapper Snoop Dogg twitou que "esses manos sabem das coisas" e ficou imaginando se daria para colocar uma direção maior na minivan. O empresário Mark Cuban, outra celebridade da lista, twitou: "acho que vou ter de investir em uma frota de minivans Sienna".
As celebridades ganham uma taxa fixa por tweet que vai de "US$ 1 mil a números de cinco dígitos", afirma Gullov-Singh. Com mais de 5,6 milhões de seguidores, a estrela de reality show Kim Kardashian recolhe "perto" de US$ 10 mil por tweet, acrescenta ele, "mas o preço dela continua subindo. Os mais eficientes podem conseguir números de seis dígitos por ano e, em alguns casos, seis dígitos por trimestre".
As celebridades podem vetar os tweets para produtos que não querem promover ou reformular a linguagem dos redatores da Ad.ly. Lauren Conrad, ex-estrela do reality show da MTV "The Hills", e outra celebridade da lista da Ad.ly, diz: "Sou muito seletiva em relação às coisas que endosso".
O Twitter está testando seu próprio serviço de propaganda, que poderá competir com a Ad.ly pela atenção dos promotores.
"Posso vislumbrar um lado muito positivo e grandes riscos para uma marca que coloca suas mensagens no Twitter", diz Debbie DeGabrielle, diretora de marketing da Visible Technologies, que avalia o tráfego nas redes sociais para clientes como a FedEx. "Se a celebridade está alinhada com sua marca, isso é ótimo", diz ela. "Mas se você é a Toyota, será que ter Snop Dogg falando sobre direções de 22 polegadas não vai afugentar os compradores do sexo feminino?" Zoe Zeigler, porta-voz da Toyota diz que a companhia "não teve nenhum problema com o texto [da mensagem]".
Fonte: | Bloomberg Businessweek
12/01/2011
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